Os Princípios da Liderança Inclusiva

Criar uma cultura inclusiva requer que os líderes abracem a mudança e busquem ativamente melhorar suas competências de liderança inclusiva. Felizmente, ser um líder inclusivo não é uma característica fixa ou inerente. É algo que pode ser avaliado, mensurado e desenvolvido.

Apenas 5% dos executivos poderiam ser chamados de líderes inclusivos. É o que mostrou um estudo que analisou 24.000 avaliações de liderança.

Felizmente, ser um líder inclusivo não é uma característica fixa ou inerente, mas algo que pode ser avaliado, mensurado, desenvolvido e aprendido.

Benefícios da Liderança Inclusiva

As quatro mega-tendências que moldam o mercado global são a diversidade de mercados, consumidores, ideias e talentos. Neste âmbito, os líderes que terão sucesso em maximizar as oportunidades e aproveitar as vantagens competitivas serão aqueles que incorporarem a liderança inclusiva. Os líderes inclusivos representam uma disposição em desenvolver sua própria abordagem o que ajuda a promover uma maior receptividade à mudança tanto a nível individual como organizacional.

Líderes inclusivos ajudam a garantir que indivíduos de todos os grupos sejam igualmente valorizados, apoiados e empoderados, capazes de serem autênticos e de alcançar o seu potencial. Eles possibilitam que as pessoas tragam todo o seu ser para o trabalho, sentindo-se seguras para tomar riscos e confiantes que terão acesso justo a oportunidades de desenvolvimento e progressão de carreira. Muitas destas competências da liderança inclusiva podem não ser as qualidades que muitos líderes aprenderam a desenvolver quando começaram suas carreiras.

A expert global em DE&I, Dra. Rohini Anand, explica como é importante que os executivos mudem para liderar a mudança em suas organizações. Ela dedica um capítulo inteiro ao tema em seu novo livro Leading Global Diversity, Equity and Inclusion: A Guide for Systemic Change in Multinational Organizations

Sem inclusão, a diversidade pode criar problemas nas dinâmicas das equipes e até mesmo prejudicar o desempenho organizacional. Juliet Bourke sugere que se você não está se atualizando, você está se tornando obsoleto: “Para líderes que avançaram em suas carreiras num ambiente mais homogêneo, está mais do que na hora de se adaptarem à nova realidade.”

De acordo com Bourke and Titus, pesquisas mostram que equipes com líderes inclusivos são 17% mais propensas a declararem alta performance, 20% mais propensas a dizer que tomam decisões de alta-qualidade, e 29% mais propensas a declararem que se comportam colaborativamente. Uma aumento de apenas 10% ma percepção de inclusividade reduz o absenteísmo em aproximadamente 1 dia ao ano.  

Os líderes inclusivos são também essenciais em promover a inovação, já que criam espaço para que todas as vozes sejam ouvidas, trazem os outros juntos pela mudança e passam da ideação à implementação através da colaboração.

Outros estudos também indicam que os líderes vistos como justos, respeitosos, que estimulam a colaboração e valorizam diferentes ideias e opiniões possuem duas vezes e meia mais chances de terem funcionários eficientes em suas equipes. Equipes diversas com boa gestão feita por líderes inclusivos e capazes, tendem a ter melhor desempenho do que equipes homogêneas. Elas têm mais chances de conseguir novos mercados, lançar novos produtos, alcançar maior rendimento de inovação e tomar melhores decisões.

Quanto mais os colaboradores se sentem incluídos, mais eles falam com franqueza, fazem mais do que o mínimo esperado e colaboram com os outros. A liderança é fundamental para o sentimento de inclusão. Bourke and Titus apontam que: “o que os líderes dizem e fazem geram até 70% de diferença no sentimento de inclusão relatado pelos indivíduos".

As Características de um Líder Inclusivo

No seu livro How To Be An Inclusive Leader: Your Role in Creating Cultures of Belonging Where Everyone Can Thrive, Jennifer Brown apresenta um contínuo de liderança inclusiva dividido em Desinformado, Consciente, Ativo e Aliado: que determina em que parte do espectro da ldierança inclusiva um líder se encontra e como pode se desenvolver. Conforme Davis afirma para a Fast Company, ser um líder inclusivo "requer uma mudança de paradigma, uma abertura para formas diferentes de fazer as coisas, uma tendência a sair da zona de conforto e a demonstração de coragem de abraçar o desconhecido.

Inclusão e exclusão são vivenciados pelos colaboradores em várias interações ao longo do dia. Apesar dos cuidados com as políticas, valores e culturas de uma organização, a habilidade de uma empresa para aproveitar uma força de trabalho diversa vai depender das habilidades de líderes e colaboradores individualmente. A Pulsely mede estas habilidades através da Avaliação de Competências de Inclusão, que são baseadas em pesquisas mundiais sobre as características de líderes inclusivos.


  • Coragem para engajar-se: disposição em sair da zona de conforto e participar de conversas difíceis
  • Inteligência cultural: reconhecer a influência de diferentes culturas nos valores e comportamentos
  • Ser aliado: ativamente apoiar e defender pessoas diferentes de si próprio e promover conversas produtivas sobre as diferenças
  • Aprender com os outros: acreditar que é possível aprender com as perspectivas dos outros ao invés de tentar defender nosso ponto de vista
  • Endereçar vieses: reconhecer que é preciso tomar certos cuidados para prevenir que os vieses afetem nossos comportamentos e ações
  • Consciência de viés sistêmico: reconhecer falhas no sistema que devem ser endereçadas e monitoradas
  • Disposição em se adaptar: mudar nosso próprio comportamento para promover a inclusão das diferentes experiências e perspectivas


Apesar de comprometimento ser um prerequisito para qualquer líder, o fator mais importante na criação de um senso de inclusão é a consciência visível de viés. Um líder inclusivo ganha confiança e catalisa mudança ao se atrever a apontar o elefante na sala e neles próprios, com humildade e empatia.

Em uma entrevista para The Glass Hammer, nossa co-fundadora e diretora Betsy Bagley falou sobre as características da liderança inclusiva em ação: "As organizações que eu vejo criando as melhores oportunidades de progresso são aquelas em que a liderança agem como exemplo a seguir em sua disponibilidade em engajar em conversas difíceis e admitir quando cometem erros. Nessas circunstâncias, a conversa começa em outro patamar."

Liderança Inclusiva na Prática

Bourke e Titus descobriram que apenas um terço dos líderes avaliam corretamente sua habilidade percebida de criar inclusão (36%) - enquanto um terço superestimam essa habilidade (32%) e o restante a subestima (33%).  O que fica evidente é que a liderança inclusiva na prática não é sobre "grandes gestos ocasionais, mas pequenas ações e comentários de forma regular" que são tangíveis e colocados em prática a cada dia.

Os cinco facilitadores internos de uma liderança inclusiva são autenticidade, resiliência emocional, autoconfiança, curiosidade e flexibilidade. Desse conjunto central, as cinco disciplinas seguidas por líderes inclusivos são a construção de confiança interpessoal, a integração de perspectivas diversas, a otimização de talento, a aplicação de uma mentalidade adaptável e a busca pela transformação.

“O que os líderes fazem e dizem possui um impacto profundo nos outros, mas nossa pesquisa indica que esse efeito é ainda mais pronunciado quando se trata de equipes diversas. Palavras sutis e atos de exclusão feitos por líderes, ou quando eles ignoram o comportamento excludente de outros, acabam por reforçar o status quo," afirmam Bourke e Titus no HBR. “É preciso energia e esforço deliberado para criar uma cultura inclusiva, e isso começa com líderes dando muito mais atenção ao que dizem e fazem diariamente, fazendo ajustes quando necessário."

Para um indivíduo, a liderança inclusiva significa engajar em todos os níveis, agir como mentor e promover colaboradores sub-representados que são diferentes de si próprios, eliminar os vieses dos processos de recrutamento e promoção, apontar quando atos de exclusão surgirem, buscar a fundo na organização ideias e tomada de decisões, mantendo-se disposto a aprender e mostrando vulnerabilidade.

Para uma organização, significa colocar em prática mudanças nos processos e ações diárias com o objetivo de alcançar a liderança inclusiva em todos os níveis - desde a defesa visível dos grupos sub-representados, até os processos de recrutamento e avaliação de desempenho, e também no desenvolvimento de perfis de liderança e integração em sistemas operacionais.

A inclusão é mensurável. Ao avaliar as Competências de Inclusão de líderes individualmente em sua organização e como estas se traduzem e interagem nas experiências de inclusão dos seus colaboradores, a Pulsely foca na transformação dos líderes ao longo do contínuo de liderança inclusiva até uma cultura em que mais indivíduos e organizações possam prosperar.

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